quarta-feira, 19 de maio de 2010

Catarina Eufémia 56 Anos após a sua morte

Foi a 19 de Maio de 1954, faz agora 56 anos, que Catarina Eufémia foi assassinada em terras de Baleizão pelas forças do regime fascista.


Lutava por pão e trabalho e, rapidamente, tornou-se um símbolo da resistência do proletariado rural alentejano à repressão e à exploração do salazarismo e, ao mesmo tempo, um símbolo do combate pela liberdade e da emancipação da mulher portuguesa.
 
 
 
 
Local onde tudo aconteceu     
CANTAR ALENTEJANO

Vicente Campinas*

Chamava-se Catarina
O Alentejo a viu nascer
Serranas viram-na em vida
Baleizão a viu morrer

Ceifeiras na manhã fria
Flores na campa lhe vão pôr
Ficou vermelha a campina
Do sangue que então brotou

Acalma o furor campina
Que o teu pranto não findou
Quem viu morrer Catarina
Não perdoa a quem matou

Aquela pomba tão branca
Todos a querem p’ra si
Ó Alentejo queimado
Ninguém se lembra de ti

Aquela andorinha negra
Bate as asas p’ra voar
Ó Alentejo esquecido
Inda um dia hás-de cantar

* Este poema foi musicado por José Afonso, no álbum «Cantigas de Maio», editado no Natal de 1971

1 comentário:

Anónimo disse...

Nao queria deixar de dizer que Catarina Eufemia foi e sempre sera um dos maiores exemplos de mulher lutando pelos direitos basicos da vida. Grande Mulher! Cris. vanc,. Canada