segunda-feira, 11 de abril de 2011

Segundas Sustentáveis

Ainda a propósito da semana passada e de como podemos ter uma casa “mais verde” depois das dicas sobre os consumos da água, esta semana gostaria que reflectíssemos sobre os consumos da electricidade.De facto, a factura da electricidade, é provavelmente, a factura mais elevada. Assim à que ter em conta as seguintes noções:

Poupar
O que posso fazer para poupar mais na factura da electricidade?

O primeiro passo para poupar na factura da electricidade é reduzir os consumos desnecessários. Não deixar luzes acesas caso preveja ausentar-se por algum tempo (mesmo se utilizar lâmpadas economizadoras); não deixar a televisão ou rádio ligados se não estiver a usufruir deles – são os primeiros cuidados básicos que devem ser tomados em consideração.

Na compra de um novo electrodoméstico, critério principal na escolha deverá ser o índice de eficiência energética do equipamento. Quanto maior (classes A, ou A+/A++ no caso dos frigoríficos), mais eficiente será no seu funcionamento e, logo, menos consumidor.

Outra medida importante na factura da electricidade é a substituição das lâmpadas incandescentes por lâmpadas fluorescentes compactas, tendo estas últimas um grau de eficiência energética muito superior em relação às primeiras.

Em matéria de aquecimento/arrefecimento da casa, deve-se primeiro verificar se as portas e janelas estão bem calafetadas, de modo a reduzir as trocas de ar com o exterior. Não só se diminuem as necessidades de aquecimento/arrefecimento artificiais, como aumenta a eficiência destes aparelhos quando estes estão a ser utilizados. No caso concreto do arrefecimento, basta muitas vezes baixar os estores antes das horas de maior calor, para que a casa não aqueça excessivamente. Refira-se que este sombreamento deve ser sempre pelo lado exterior da janela de modo a evitar o chamado “efeito de estufa”). De igual forma, antes de comprar um sistema de aquecimento/arrefecimento, existem outras possibilidades a considerar que não implicam consumos futuros de energia e que sairão mais baratos do que a compra daqueles equipamentos: a instalação de vidros duplos e a aplicação de um isolante térmico nas paredes e no telhado da casa.


É realmente possível poupar com o tarifário bi-horário?

Sim, de facto é possível poupar com o tarifário bi-horário, desde que se utilize preferencialmente o horário mais económico para a utilização de determinados electrodomésticos, como as máquinas de lavar roupa e loiça. Se também possuir máquina de secar roupa esta vantagem ainda é melhor, pois este electrodoméstico é um grande consumidor de energia. No site da EDP existe um simulador para comparar os gastos energéticos, com um tarifário simples e com um tarifário bi-horário.

Como posso consumir menos energia na iluminação?

A substituição das tão comuns e tão pouco eficientes lâmpadas incandescentes por lâmpadas fluorescentes compactas é um dos principais pontos de actuação. Apesar de estas últimas serem um pouco mais caras, consomem muito menos energia e duram muito mais tempo, traduzindo-se numa enorme poupança de energia e redução no consumo de lâmpadas. Será portanto um investimento rentabilizado a curto prazo. Outro ponto igualmente importante é apagar as luzes da divisão de onde vai sair, se sabe que não vai voltar rapidamente para lá.


Como escolho um electrodoméstico que consuma menos energia?

Os grandes electrodomésticos (frigorífico, máquinas da loiça e roupa, e fogão eléctrico) são obrigados a ter, no local de venda e de forma visível, a etiqueta de eficiência energética. Como o nome indica, ela permite saber a classe de eficiência energética do equipamento, a par de outras características, que é classificado numa escala que vai de A (mais eficiente) a G (menos eficiente). No caso dos equipamentos de frio (frigorifico, etc.), a classe de maior eficiência energética é já a A++. Nas máquinas de lavar loiça e roupa é preciso ter em atenção se a eficiência energética é acompanhada também de uma boa eficiência na lavagem (em ambas), na secagem (loiça) e centrifugação (roupa). Só conjugando todos estes aspectos consegue garantir que o electrodoméstico não só poupará energia, como também executará de forma eficiente o seu trabalho. E se pensa que para poupar na electricidade vai estar a gastar mais no acto da compra, isso não corresponde necessariamente à realidade. Na verdade, é possível encontrar equipamentos de classe C consideravelmente mais caros que equipamentos de classe A, sendo que estes últimos já estão também disponíveis a preços baixos. Mas mesmo que a máquina de classe C possa ser mais barata, acabará por ficar a pagá-la em prestações na sua factura da electricidade.

Fonte: www.ecocasa.org
Margarida Duarte
arquitecta . gabinete técnico

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