segunda-feira, 17 de outubro de 2011

SEGUNDAS SUSTENTÁVEIS

Comprou um electrodoméstico novo? Não sabe o que fazer ao antigo?


Hoje em dia já existe a Reciclagem de Equipamentos Eléctricos e Electrónicos (REEE), sendo possível entregar alguns dos seus velhos equipamentos para que possam ser reciclados em pontos de recolha próprios.

Em definição, os equipamentos eléctricos e electrónicos (EEE) são equipamentos cujo funcionamento depende da corrente eléctrica (como, por exemplo, os computadores) ou de campos electromagnéticos (como os brinquedos a pilhas). Esta classificação inclui ainda os equipamentos para geração, transferência e medição de correntes eléctricas e campos electromagnéticos. A legislação em vigor para a reciclagem destes equipamentos (Decreto-Lei n.º 230/2004) classifica-os em 10 categorias:

• Grandes electrodomésticos

• Pequenos electrodomésticos

• Equipamentos informáticos e de telecomunicações

• Equipamentos de consumo

• Equipamentos de iluminação

• Ferramentas eléctricas e electrónicas (com excepção de ferramentas industriais fixas e de grandes dimensões)

• Brinquedos e equipamento de desporto e lazer

• Aparelhos médicos (com excepção de todos os produtos implantados e infectados)

• Instrumentos de monitorização e controlo

• Distribuidores automáticos

O que são REEE?

São os Resíduos de Equipamentos Eléctricos e Electrónicos (REEE) - ou seja, um equipamento quando já não é necessário e se pretende deitar fora. Esta classificação inclui todos os componentes e materiais consumíveis que fazem parte do equipamento, no momento em que este se torna obsoleto (por exemplo, quando deixa de utilizar um computador, o rato, o teclado e o ecrã são também considerados REEE).

Como estes equipamentos são compostos por uma grande variedade de materiais, alguns até considerados perigosos, quando chegam ao final da sua utilização, estes equipamentos deverão ser correctamente acondicionados e transportados até ao ponto de recolha adequado mais próximo. No processo de valorização ou reciclagem dos resíduos, o seu desmantelamento é efectuado com o máximo de rigor, tentando prevenir danos nas estruturas e componentes, ou até eventuais fugas (alguns materiais contêm chumbo, mercúrio, cádmio ou crómio hexavalente).

Onde posso depositar os meus REEE?

Desde 2006 que estão licenciadas duas entidades que têm a responsabilidade de gestão dos REEE:

• AMB3E – Associação Portuguesa de Gestão de Resíduos de Equipamentos Eléctricos e Electrónicos

• ERP PORTUGAL – Associação Gestora de R.E.E.E.

Ambas estruturaram a sua rede de recolha, reutilização e reciclagem de REEE, que é hoje composta por Centros de Recepção distribuídos por todo o território nacional, e por uma cadeia de operadores de gestão devidamente licenciados para o transporte, tratamento e valorização de REEE.

De acordo com a legislação em vigor, todos nós, enquanto utilizadores particulares, devemos entregar os nossos REEE nos locais destinados à sua recolha:

• Quando compramos um novo equipamento (EEE), podemos entregar na loja onde efectuamos a compra, o equipamento antigo (que tem de ser equivalente e desempenhar as mesmas funções que o equipamento adquirido). Se, por acaso, não tem como transportar o equipamento antigo, devido à sua dimensão ou peso, pode solicitar a recolha no seu domicílio à entidade a quem adquiriu o novo equipamento.

• Num Centro de Recepção de REEE, que aceitam gratuitamente todos os tipos de REEE provenientes de particulares

• Nos Pontos Electrão, disponibilizados pela AMB3E e localizados em alguns centros comerciais do país

• Em alguns municípios há também a possibilidade dos REEE serem recolhidos em casa, podendo eventualmente ser cobrado um valor por este serviço

Após a recolha, todos estes REEE são separados em categorias, armazenados e encaminhados para reciclagem ou valorização. Normalmente são desmantelados, sendo retirados todos os componentes com substâncias perigosas (como pilhas, lâmpadas, termóstatos, tubos de raios catódicos…), e depois triturados e separados os diversos materiais constituintes (como metais ferrosos, metais não ferrosos, vários tipos de plásticos…). Tanto as substâncias perigosas como os materiais constituintes são depois enviados para valorização ou eliminação. Este sistema é gerido pelas duas entidades gestoras, e financiado pelos diferentes produtores de EEE.

O que devemos fazer?

Em primeiro lugar devemos procurar reduzir os REEE que deitamos fora, o que apenas se consegue fazendo uma gestão mais cuidada dos equipamentos. Por exemplo, no momento da compra, devemos tentar optar por aparelhos com maior tempo de vida útil. Quando os equipamentos se avariam, devemos também mandar arranjá-los sempre que possível, em vez de deitá-los fora de imediato. No caso de deixarmos de ter utilidade para um equipamento que ainda se encontra a funcionar, devemos optar por entregá-lo a uma instituição de solidariedade social que o possa reutilizar, ou a uma empresa de gestão de REEE licenciada que providencie esse encaminhamento.

Os REEE nunca devem ser colocados no lixo comum, mas sim nos locais de recolha adequados, especialmente devido à possibilidade de conterem substâncias e componentes perigosos que têm de ser separados e geridos correctamente.

(fonte: www.eco.edp.pt)



Margarida Duarte


arquitecta . gabinete técnico


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