sábado, 23 de junho de 2012

Cooperativas para quê?!





A associação cultural Ideias em Comum vai organizar um ciclo de debates durante o ano de 2012 intitulado “Conversas em Comum”. Todos os meses será lançado um novo tema, com novos convidados, opiniões e ideias.
O primeiro debate será sobre o setor cooperativo: “Cooperativas para quê?! Perspectivas e desafios do setor cooperativo.”


A ONU decidiu intitular 2012 o ano internacional das cooperativas. É um bom ponto de partida para discutir uma série de temas relacionado com as potencialidades mas também dificuldades que existem em torno das cooperativas, como por exemplo:
As cooperativas continuam a fazer sentido?
O que correu mal e o que devemos aprender com a História?
O protagonismo e a força que as cooperativas podem ter em determinados sectores.
Como atrair os jovens para o sector cooperativo? Quais os caminhos a percorrer para a renovação de práticas e estratégias nas cooperativas?
As cooperativas podem ser uma solução para uma distribuição mais justa da riqueza? As cooperativas podem funcionar como contra-poder ao cartel monopolista existente em determinados sector (exemplo: a grande distribuição e retalho).
As cooperativas pode ser uma das soluções para a saída da crise (ex: habitação, emprego, produção alimentar, etc…)?

Parece-me a mim uma discussão fundamental e que deve estar na ordem do dia exactamente por ser uma forma de combater e resistir ao neo-liberalismo, através da construção e desenvolvimento de modelos de gestão alternativos para organizações de trabalho mais justas e democráticas.

No entanto, é importante reflectir porquê que um grande número de cooperativas desapareceram e outras atravessam situações muito complicadas de sobrevivência. Aprender e compreender a História é fundamental!

Este primeiro debate irá contar com a participação de:

- Constantino Piçarra: Licenciado em História pela faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa, Mestre em História do Século XX pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e investigador do Instituto de História Contemporânea desta Universidade. Para além do trabalho de investigador, no âmbito do qual publicou alguns artigos relacionados com a problemática da questão agrária no período da revolução de Abril, é director da Biblioteca Municipal de Almodôvar e exerce funções docentes como professor do Ensino Secundário.
- João Baía, Licenciado em Sociologia pela Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra e Mestre em Antropologia: Poder e Identidades pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (FCSH-UNL). No âmbito da tese de licenciatura e de mestrado, abordou problemáticas em torno dos movimentos sociais, políticas de habitação, habitação informal, auto-construção, Serviço de Apoio Ambulatório Local (SAAL), Período Revolucionário em Curso (PREC), memória, resistência e história oral. Actualmente, trabalha como bolseiro no Instituto de História Contemporânea da FCSH-UNL, é membro colaborador do IELT da FCSH-UNL e doutorando em Antropologia na mesma faculdade.
- Rádio Voz da Planície, Cooperativa Cultural de Animação Radiofónica criada em 1987. Conta já com 25 anos de atividade e segundo os próprios “A filosofia que adoptámos como rádio, prestadora de um verdadeiro serviço de utilidade pública com objectivos claros de contribuir para a formação e informação de uma Região carente de meios de informação, como é o Alentejo, levou-nos a adoptar uma estratégia de contacto directo com as populações, estabelecendo com as mesmas uma relação de cumplicidade.”
- Mó de Vida, Cooperativa de Consumo – Fundada em Abril de 2002 em Almada, foi a primeira Cooperativa de Consumidores criada em Portugal para desenvolver a actividade do Comércio Justo e Solidário. Consideram que os princípios do Comércio Justo estão profundamente relacionados com os estabelecidos pelo movimento cooperativo. Apesar do Comércio Justo ter sido o seu ponto de partida, desenvolvem actividades em outras áreas, tais como: Turismo Ético e Solidário e Animação Cultural Solidária.

Sem comentários: