sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Diário do Alentejo Edição 1659

Editorial
15 000
Paulo Barriga

Com a omnipresença, com
o uso e com a relevância
que se lhe dá, até parece
que vem do confim dos tempos.
Mas não. A rede social Facebook
fez na passada terça-feira 10
anos. Apenas. Há precisamente
uma década que a profecia da
aldeia global, avançada pelo
pensador canadiano Marshall
McLuhan, começou realmente
a ganhar contornos. Com alguma
assertividade, pode hoje
dizer-se que há um mundo antes
e outro depois do Facebook.
A rede começou numa universidade
americana, por iniciativa
de um aluno, para se ajudar a si
e aos seus amigos a escolherem
cadeiras em comum. Hoje, galga
continentes, derruba fronteiras
linguísticas, arrasa ditaduras,
gera primaveras. Em dezembro
de 2013 estavam registados no
Facebook mais de mil milhões
de utilizadores. Os grandes delatores
desta gigantesca comunidade
virtual não lhe auguram
um futuro tão contagiante
e promissor e eufórico como o
presente faz crer. No entanto,
agora mesmo, é difícil imaginar
o bicho humano sem essa
ferramenta fundamental para a
sua sociabilização. O Facebook,
para o bem e para o mal, é uma
reconstituição perfeita, embora
virtual, do velho largo da aldeia.
É lá que as pessoas se encontram,
sabem das novidades,
matam saudades, contam palermices,
choram os mortos, fazem
amizades. Há coisa de dois anos,
o “Diário do Alentejo” também
começou a frequentar o largo
com uma espécie de banca de
notícias. A intenção primeira
passava pela partilha das nossas
velhas fotos de arquivo, de
anúncios antigos e de alguma
informação relevante. Depois
iniciamos a produção de conteúdos
televisivos. Hoje, tudo o que
é para nós valioso está na nossa
página de Facebook. Pelo que foi
com redobrada alegria que no
preciso dia em que a rede completou
10 anos de existência, a
página do “DA” chegou aos 15
mil seguidores. Um universo
pequeno se comparado com as
hordas que seguem os Cristianos
Ronaldos deste mundo. Mas de
tal forma importante que, presentemente,
o nosso perfil reúne
mais seguidores que os restantes
órgãos de comunicação social
da região em conjunto. É a pagina
do Alentejo com produção
própria mais frequentada. E, entre
os jornais regionais do País,
é uma das mais vistas, chegando
a atingir 500 mil cliques em publicações
numa só semana. Hoje
apenas me apetece agradecer a
todos cerrando o punho e espetando
o dedo polegar. Gosto!

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