Editorial
Maraus
Paulo Barriga
O sítio do “Diário do
Alentejo” foi esta semana
repetidamente
atacado por piratas eletrónicos.
Ao longo de diferentes investidas,
os maraus foram arrasando
por completo os conteúdos e a
forma da nossa página. Ao contrário
do que costuma ser usual
nestas patifarias, os ácaros,
que utilizam a sigla internacional
Anonymous, não deixaram
qualquer mensagem ou manifesto.
Deixaram apenas a seguinte
constatação em jeito de
escarro: “Sim, vocês foram hackeados”.
É evidente que tivemos
que retirar a página para
manutenção. E vamos aguardar
para ver se a coisa terá desenvolvimentos.
No final do ano
passado, no seguimento ou incremento
de diferentes movimentos
cívicos contra a usurpação
que as pessoas estavam a ser
vítimas, demos nas nossas páginas
uma reportagem sobre a chegada
do movimento Anonymous
ao Alentejo. Uma organização
sem cerne, dispersa e, por isso
mesmo, perigosa e eficaz, que
teria como finalidade atacar os
recursos eletrónicos dos agentes
da corrupção, publicitando os
seus podres. Pelos vistos, duas
coisas: ou estes tipos acham que
o “Diário do Alentejo” está ao
serviço do capitalismo selvagem
(o que já de si seria uma parvoíce
sem fronteiras) ou então não
gostaram de aparecer no artigo
que aqui demos a ler. E, em retaliação,
piratearam-nos. Mas pirateara-
nos sem qualquer pinta. O
animal que descobriu a nossa password
nem bom gosto teve para
escolher as fotos das gajas com as
quais substituiu alguns dos nossos
conteúdos. Mais, as tipas nem
suficientemente desnudadas estavam
para encher o olho do freguês,
como manda a sapatilha. E,
como, ainda por cima, se autodenominou
hacker, é parvo e usou,
por certo, indevidamente a simbologia
do movimento Anonymous.
Para maraus destes, estamos a
deixar crescer aqui no nosso quintal
um valente aloendreiro. Que já
está encorpado o suficiente para
dali retirarmos umas lindas varas,
assim da grossura do cabo de
uma boa enxada.
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